Por Fernando Brito
Neste final de semana, Luciano Huck começa a passar pelo
inferno astral que ele próprio desejou.
Seus negócios começarão a ser devassados e os 15 CNPJs que
ele controla diretamente ou em sociedade com o pai e a mulher -sem contar as
propriedades cruzadas que têm através
destas empresas – começarão a ser esquadrinhados.
Até agora, Huck está “no lucro”.
Passou de um showman primário para um “notável” da
República.
Tem de escolher entre este ganho, realizado, e o risco de
ser uma invenção ridicularizada. Se os 5
a 8% que tem nas pesquisas não
quadruplicarem, vira um escárnio.
Nem precisa o Caldeirão que não mais terá.
É isso o que se precisa para entender a entrevista após
entrevista de fernando Henrique Cardoso defendendo a candidatura de Huck.
Não é apoio, é pressão.
Fernando Henrique é mais realista que o rei, ou, neste caso, aquele que pretende seja seu
delfim.
Não tem nada a perder, mas tem um Governo a canhar.
Huck é o contrário: já ganhou e ganha muito.
Daqui pra frente, só tem a perder naquilo que ele realmente
gosta: dinheiro.
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