Crônica destaca os atrativos turísticos de São José na década de 60
O professor José Maria Nunes Marques dedicou a maior parte
de sua vida às questões educacionais. Lecionou em várias escolas, comandou
colégios, foi secretário municipal de educação, primeiro diretor da Faculdade
de Educação de Feira, membro do conselho diretor da Fundação Universidade, pró
reitor e reitor da Uefs. Colaborador dos jornais locais, principalmente
Situação e Feira Hoje, brindava os leitores narrando o cotidiano da cidade. Em
1967, na crônica “Domingo em São José” ele tratou da beleza da lagoa localizada
dentro da sede do distrito. Vale a pena lembrar (Adilson Simas).
- Uns poucos quilômetros de asfalto novo separam Feira da
cidadezinha de São José das Itapororocas, onde se entra por um “bequinho
estreito”, composto em verdes pelas árvores, com um segundo plano encantador
nas linhas branco-acinzentadas da igreja, de lado, alta e grande em relação à
pequenez do casario circundante. Ao sol é um sonho de pintor paisagista, de
qualquer antigo e desprestigiado copiador da natureza.
As pessoas do lugar, que por ali passam cada dia, certamente
não vêem, ou talvez sofram a mesmice, o desencanto que envenena o que é visto,
revisto, esmiuçado, despido, virado e revirado mil vezes, tornando-o pesado e
indexável. Para o visitante, porém, é uma sugestão tranquila e boa de paz
campestre. Pela entrada de São José das Itapororocas só passa um carro de cada
vez. E isto é um dos seus encantos. Vencida a estreita passagem estamos em uma
enorme área, que é quase tudo, malhada, feira e praça, tendo a igreja ao centro
com um pequeno campanário junto, e logo o mercado da feira, de forma circular,
coberto de palha.
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