Por Fernando Brito
A capa da edição antecipada da Veja – deveria dizer, talvez,
uma edição comemorativa? – revela, finalmente, uma verdade sobre não apenas com
o que desejava esta sua campanha de anos ,as, também sobre o sentido da
condenação de Lula.
Sim, é isso mesmo, a condenação e a desejada prisão de Lula
são, a rigor, o mesmo agora e o mesmo que se refletia na sua foto do DOPS, em
plena ditadura.
Não é a primeira condenação de Lula pela Justiça, falta a
revista dizer. Por conta das greves do ABC, foi sentenciado a três anos e meio
de detenção “por incitação à desordem coletiva”, em 1981.
Pouco importa se o beleguim da vez já não é o delegado
Sérgio Paranhos Flery, mas moro e seus três adoradores do TRF-4.
O sentido é o mesmo: extirpar um símbolo da “desordem”, para
que prevaleça a ordem onde só o povo perde e o Brasil se vende.
Não é preciso dizer que em pouco tempo seriam Leonel
Brizola, Tancredo Neves, Franco Montoros, os que foram à cadeia apoiar Lula os
governadores dos mais importantes estados do Brasil.
Nem que o próprio preso e condenado, em dias décadas, o
Presidente eleito do Brasil.
O caminho agora será percorrido mais rapidamente.
É que o povo brasileiro já viu a face da esperança e a
reconhece, não importa quantos cartazes a Veja e a mídia lhe preguem.
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