Por Fernando Brito
Não demorou a vingança global à engrossada de Jair
Bolsonaro, no Facebook, contra a empresa dos Marinho.
Bolsonaro, como se sabe, nos momentos em que aquele calmante
neoliberal que anda tomando não faz efeito, acha que a Globo é um agente do
comunismo.
E disse que, eleito,
a reduziria a verba da publicidade do governo destinada à Globo a 40% do
total.
A vingança global veio rápido.
O jornal, hoje, com
uma certa “forçação de barra” na manchete em letras garrafais no site, que
“Bolsonaro empregou ex-mulher, ex-cunhada e ex-sogro no Legislativo“.
Que Bolsonaro criou uma espécie de “franquia” familiar na
política não é novidade e a rede que montou inclui seus três filhos, eleitos na
esteira do “mito” reacionário de sua popularidade.
Mas a matéria é fraca, porque, embora esteja evidente que
foi um arranjo de “renda familiar”, a data em que ocorreu só sustenta o imoral,
mas não o ilegal.
Naquele site de extrema-direita do qual não ouso falar o
nome, mas que poderia ser apelidado de “o Bolsonarista”, o deputado se defende
sem a formalidade com que o faz no jornal dos Marinho:
“Os caras querem me sacanear o tempo todo. E estou sabendo
que vão me sacanear agora no fim de semana, falando de nepotismo no ano de
1998.”
A Globo sabe que precisa destruir Bolsonaro para que um
candidato de direita “civilizada” (embora a alguns, como Dória, o adjetivo
descaiba) possa crescer e enfrentar Lula.
Até agora, não tem tido sucesso e é melhor “jair se acostumando” com a legião
de fascistas que ajudou a formar.
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