Por Fernando Brito
O Globo publica hoje o vazamento da delação do publicitário
Renato Pereira, que, em acordo de colaboração premiada fechado com a
Procuradoria-Geral da República diz que o governador do Rio, Luiz Fernando
Pezão, o ex-prefeito Eduardo Paes, o ex-candidato a prefeito e deputado federal
Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-governador Sérgio Cabral negociavam, por seu
intermédio, pagamentos “por fora” para suas campanhas eleitorais, através de
sua agência de propaganda.
Ainda que, nas campanhas do PMDB do Rio e de quase todos os
partidos, em todo o país, o caixa 2 na propaganda política seja mais velho que
a Sé de Braga, registro um “esquecimento” do jornal dos Marinho: Renato
Pereira, nas palavras de O Globo de 28 de março de 2013, foi “o homem escolhido pelo senador tucano
Aécio Neves (MG) para construir sua imagem, num eventual duelo com a presidente
Dilma Rousseff na eleição presidencial” do ano seguinte. Aliás, foi marqueteiro
também do herói do antichavismo, Henrique Caprilles.
Nove meses depois de contratado, Pereira se desentendeu com
Aécio, que o substituiu por Paulo Varconcellos, citado nas delações da
Odebrecht de ter recebido dinheiro (R$ 3 milhões) para a campanha através de um
contrato fictício para fazer propaganda da empreiteira em Angola.
Será que o Dr. Rodrigo Janot esqueceu também ou perguntou a
Pereira se, com Aécio, não tinha pagamento por fora e ele se comportava como
santo, e não os do “pau oco”, famosos em Minas por andarem cheios de ouro, para
escapar da Coroa Portuguesa?
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