Na nossa mídia, sempre ávida por desgraças e tragédias,
sempre pronta a “fechar” a camera para os rostos emocionados, da lágrima, da
voz embargada, quase nada se viu da cerimônia fúnebre do reitor Luiz
Cancellier, da Universidade Federal de Santa Catarina, que se matou pela
humilhação pública a que foi submetido, sem culpa formada, sem defesa, apenas
pela força.
Muito menos do discurso do desembargador Lédio Rosa de Andrade, que tomo como o
desabafo de minha geração.
Não é de estranhar, mas é de apavorar. Trago para cá o que
diz Nilson Lage, 60 anos de profissão e de janela na imprensa brasileira, que
pode dimensionar melhor do que quem,
como eu, só percebeu a ditadura na adolescência.
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