quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A CONVENIENTE HISTÓRIA DOS RECIBOS DE ALUGUEL FORJADOS

A inconsistência, as lacunas e as mudanças ao saber da crise, que eram identificadas nos relatos de Delcídio do Amaral por qualquer leigo, também sondam as falas de Glaucos da Costamarques. A ansiedade do “laranja de Lula" para obter benefícios da Lava Jato só não é tão gritante quanto o desespero de um senador que viu a casa cair depois de parar na prisão

Por  Cíntia Alves
Jornal GGN - Defendido pelo mesmo advogado de Paulo Roberto Costa, Glaucos da Costamarques virou alvo dos holofotes da mídia desde que disse ao juiz Sergio Moro que nunca recebeu os valores correspondentes a um imóvel alugado à família de Lula, em São Bernardo do Campo. A história, cheia de lacunas, já começava com uma cobertura enviesada por aí: os jornalões abafaram o fato de que Glaucos, meses antes do encontro com Moro, havia dito o contrário à Polícia Federal.

Na última sexta-feira (29), Glaucos virou notícia de novo. Desta vez, apresentando uma petição em que afirma que parte dos recibos apresentados pela defesa do ex-presidente para comprovar os pagamentos do aluguel de 2011 a 2015 foram assinados por ele numa tacada só.
Aqui, outro erro factual cometido por parte da grande mídia: jornais como O Globo e Valor chegaram a alardear a versão de que todos os recibos haviam sido forjados em apenas um dia.

Segundo a petição [em anexo], a narrativa é outra: entre 7/12/3015 e 29/12/2015, o contador João M. Leite teria visitado Glaucos no hospital Sírio Libanês para recolher os recibos “referentes ao ano de 2015”, apenas. Na sanha de colocar em xeque as provas apresentadas por Lula, os jornais esqueceram de perguntar a Glaucos como ele explica os recibos de 2011 a 2014.

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