Por Fernando Brito
Se o objetivo do general Antonio Hamilton Mourão for o de
dar um golpe de direita no Brasil, recomenda-se ao militar veterano que se
poupe e descanse.
E que não envolva o nosso Exército numa redundância, porque golpe já temos um. E olhe
que com lições de tática e estratégia dignas dos melhores manuais castrenses.
(para meus leitores de direita: castrense significa relativo a militares, não a
Fidel Castro, viram?)
Na manchete do site do Estadão e na coluna do desde sempre
grande interlocutor do “Partido do Judiciário”, Fausto Macedo, explica-se como
as tropas togadas “ampliam o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
dificultam ainda mais seu plano de disputar um terceiro mandato na eleição de
2018”. A linguagem militar é, nota-se, explícita.
Como nas boas lições de caserna, além da vanguarda liderada
por Moro com as sete ações em que Lula é réu e as duas onde está denunciado, há
recursos em reserva, como registra o jornal, pois ele “agora é alvo de seis
procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público Federal em Curitiba, São Paulo e Brasília”.
Tudo pronto para qualquer argumento na base do “se não foi
você, foi seu pai, seu tio, seu avô.
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