Por Fernando Brito
A Folha publica a surreal nota de Eduardo Cunha afirmando
que pedaços de sua delação premiada foram “roubados” e enxertados na delação de
seu cúmplice Lúcio Funaro, manobra que não poderia ser feita sem a participação
do Ministério Público, afinal o único a ter acesso aos dois rascunhos de
confissão.
“Repudio com veemência o conteúdo [dos depoimentos de
Funaro]. [Trata-se] de mais uma delação sem provas, que visa a corroborar
outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos [de] que
inclusive não participou e não tinha qualquer possibilidade de acesso a
informações”, escreveu Cunha [em nota distribuída à imprensa].O ex-presidente
da Câmara diz que as delações premiadas chegaram “ao ponto máximo da
desmoralização”. “Basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar
para obter infinitos benefícios.”
Não adianta a Procuradoria Geral da República dizer que
palavra de bandido não merece crédito. Afinal, se não merecesse, de que
serviria o que deles extraem as delações premiadas”?
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