Por Fernando Brito
Enquanto Lula não havia se impregnado da nossa história,
aceitavam-no.
Afinal, 64 não foi uma tesoura a querer cortar a história de
lutas secular do povo brasileiro?
O fio da história pode ter sido moído, mas não se cortou.
Deixou aos sabujos pretender enterrar a “Era Vargas”, aquela
em que nosso país cresceu a taxas chinesas.
E onde o povão passou a ser, senão ator principal, não mais
apenas coadjuvante.
“Hoje estais com o Governo, amanhã sereis o Governo”, disse
o homem que eles odeiam e nos querem fazer desprezar, cada vez que querem
vender um pedaço do Brasil.
Lula, mais que o compreender, o absorveu, na luta política.
Por isso, o seu texto, agora há pouco, no Facebook:
Em 24 de agosto de 1954, o presidente Getúlio Vargas foi
levado ao suicídio pelas forças antipopulares, os representantes de interesses
estrangeiros e a imprensa mais reacionária da época.
Odiavam Getúlio por tudo que ele fez pelos trabalhadores e
pelo desenvolvimento do Brasil: a criação do salário mínimo e da CLT, a criação
da Petrobrás e da pioneira siderúrgica de Volta Redonda, o salto para a
industrialização, a proposta de criação da Eletrobras e a expansão do ensino
público, entre outros avanços.
63 anos depois, as mesmas forças que atacaram Getúlio tentam
destruir seu legado. Uma por uma, as conquistas do Brasil e dos trabalhadores
estão sendo revogadas por um governo ilegítimo e pela maioria golpista do
Congresso.
Hoje é dia de reverenciar a memória de Getúlio e,
principalmente, seguir lutando para defender seu legado, que pertence ao povo
brasileiro.
A história que, no dizer de Chico Buarque, “é só feita de
fatos/De sangue nos olhos e lama nos sapatos” se impõe sobre as tolices e
pruridos pequeno-burgueses.
Este é um país, um povo, e um país e um povo precisam de uma
história para serem uma nação.
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