O "aviso elétrico" ao orador
Eleições municipais de 1976, época do bipartidarismo, MDB e
Arena apresentaram chapa completa – 45 candidatos, para Câmara de Vereadores.
Em que pese a realização de comícios diários, a escalação
dos oradores se transformava em verdadeira guerra, pois todos queriam fazer uso
da palavra.
Mesmo com a fixação do tempo, geralmente dos minutos, os coordenadores
eram obrigados a cortar brusca e
rapidamente o som como forma de alertar o indisciplinado orador.
Candidato com base no Campo Limpo (com expressivos 410 votos
na época), José Costa Mota não atendeu o
apelo de (“tá bom Mota, tá bom)” e terminou acontecendo o pior.
Estranhamente o microfone começou a apresentar problema
técnico, dando seguidos choques e a cada
choque um pinote do orador.
Mota resolveu proclamar sua ira contra o suposto “aviso
elétrico” e agarrado ao microfone disse com voz trêmula:
- Vão me matar, mas eu não largo!...
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