Por Fernando Brito
Miriam Leitão abre espaço na sua coluna econômica para as
dificuldades que os cortes orçamentários estão trazendo à polícia:
Um delegado da Polícia Federal contou ao blog que os cortes
estão generalizados na corporação. “Tenho viatura parada porque não tem
dinheiro pra trocar óleo e pneu. E as que estão rodando estão aumentando a
restrição de gastos de gasolina”, afirmou. Um dos principais temores é que o
governo Temer utilize a crise econômica e o ajuste fiscal para sufocar a PF e
dificultar o combate à corrupção.
À parte o fato de não se ter poupado o governo anterior de
acusações de “sufocar” a Lava Jato, cabe perguntar se Miriam não sabia que o
arrocho fiscal que ela tanto defendeu, o tal “dever de casa” orçamentário, ia se fazer sem cortar serviços
públicos?
Ou o único serviço público que não pode ser atingido pela
tesoura neoliberal é a polícia? Não causa escândalo hospitais fechando leitos,
cancelando cirurgias. Ou as escolas em petição de miséria? Ou as administrações
estaduais e municipais arruinadas? E os milhares de desempregados pelo fim dos
investimentos públicos?
Mas no Brasil de hoje, o maior problema é o camburão…
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