Por Luis Nassif
Deltan Dallagnol afirmou que os cachês das palestras de 2017
foram doados para um fundo anticorrupção. Jamais comprovou a afirmação, sequer
deu o nome do fundo, o CNPJ. Depois, mudou o discurso. Disse que estaria
doando, agora, para a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) do
Paraná, entidade que nunca primou pela transparência.
Todas as ações jurídicas das APAEs do Estado eram
transferidas pela diretora jurídica, esposa do juiz Sérgio Moro, ao advogado
Marlus Arns, sobrinho de Flãvio Arns que, por sua vez, como Secretário de
Educação do Estado, transferiu R$ 450 milhões para as APAEs paranaenses.
Posteriormente, Marlus tornou-se advogado dos casos
milionários de acordos de delação. E muitos dos procuradores e delegados da
Lava Jato passaram a dar aulas em curso de direito à distância, do irmão de
Marlus.
Agora, o grupo da Lava Jato se apresenta como atração
circense, prometendo doar a arrecadação para a APAE.
E não há um movimento sequer dos seus colegas do MPF, da
ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) contra esse movimento
de folclorização da profissão
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