Fernando Brito
Nada tem sido tão didático sobre a elite brasileira como
estes últimos tempos da política.
Já não há, como em outros tempos, o cuidado de cobrir com qualquer
liberalismo político a completa servidão ao mercado, o que havia até Fernando
Henrique Cardoso.
Agora é o servilismo explícito, sem rebuços.
Na coluna de Elio Gaspari, na Folha e em O Globo que
circulam neste domingo, seus planos são explícitos.
“O chamado “mercado” encantou-se com a restauração de Temer
e seu projeto de reformas. Agora que o governo esfacela-se, a mesma turma que
contribuiu para a queda de Dilma sonha com o que seriam as reformas de Rodrigo
Maia. Sabem que a da Previdência sobrevive só no essencial: a criação de um
limite mínimo de idade para a maioria das aposentadorias.”
O seu único projeto é o desmantelamento do país, inclusive
de suas estruturas produtivas, de sua já parca infraestrutura e de total
indiferença para com o potencial econômico do consumo para o desenvolvimento
econômico.
O papel dos governos é apenas – a expressão é antiga, do
Brizola – a de amarrar a vaca leiteira para que a suguem, “sentando o chicote”
nos bezerros famintos da pátria-mãe.
Para isso serve o governo, na cabeça desta gente, como se
estivesse séculos atrasada, nos tempos do “quinto” real.
Aquele, o que levou à Inconfidência Mineira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário