Por Fernando Brito
Critico sempre as opiniões de Merval Pereira.
Mas, desta vez, tenho de reconhecer que, da imensa massa de
colunistas que elogiava Aécio Neves, foi o único a ser condescendente com ele,
ontem, no trôpego discurso de sua rentrée no Senado Federal, fazendo ao menos a
concessão de que seu discurso “foi sóbrio”.
Mas, na Globonews, tratou de emendar o distanciamento do seu
ex-herói:
Aécio Neves fez discurso sóbrio na sua volta ao Senado
porque não tentou fazer um grande acontecimento político – e nem tinha ambiente
político para isso, mas ele tem razão em alguns pontos. O processo de obstrução de justiça, por
exemplo, acho que é um engano, porque tudo o que ele fez, embora seja
reprovável e mereça críticas, faz parte da atividade parlamentar, como aprovar
lei de abuso de autoridade ou querer anistiar caixa dois. Mas dizer que foi
enganado numa armadilha já é exagerado porque ninguém manda parente pegar mala
de dinheiro achando que é normal.
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