Por Fernando Brito
22 anos de prisão, vejam só.
É o que a revista Istoé
diz que Sérgio Moro “pedirá” (pedirá? nunca vi juiz pedir, ao que eu
saiba juiz condena).
O testo, na parte que está na internet, é um primor de
parcialidade.
O texto assemelha-se ao envelope enviado ao presidente da
Câmara, escatologia enviada hoje aos
jornais.
A ilustração, por sua vez, copia o powerpoint do Dr.
Dallagnol.
Nem mesmo se importam em apregoar que a sentença é combinada
entre a turma de Dallagnol e Sérgio Moro: “conforme apurou ISTOÉ junto a integrantes
da Lava Jato, o petista vai pegar até 22 anos de cadeia – 10 anos por lavagem
de dinheiro e 12 por corrupção passiva”, tudo por não ter recebido um
apartamento que, dizem seus algozes, “ia” receber.
Quer ter ideia do que isso representa?
O goleiro Bruno Fernandes, ex-Flamengo, foi condenado à
mesma pena por ter assassinado a mãe de seu filho, Eliza Samúdio, pela
ocultação de seu cadáver (diz-se que lançando a cachorros) e pelo sequestro e
cárcere privado do próprio filho.
Como todos sabemos que Sérgio Moro vai condenar Lula, é bom
que seja nos moldes que a porca revista
anuncia.
Revela o ânimo verdadeiro deste pastiche de processo
judicial: assassinar moralmente – já que não é possível que seja fisicamente –
de matar Lula.
Nem uma palavra a menos.
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