Por Fernando Brito
A insólita “entrevista coletiva” convocada às pressas para
hoje pelo Ministro da Justiça, Torquato Jardim,com o diretor da PF, Leandro
Daiello (à esquerda, na foto), ao lado,
para fazer moldura, é um destes sinais deprimentes que surge quando as
situações e deterioram.
Ao falar por dois minutos uma série de acacianismos – “não
há pessoas, há instituições”, há “absoluta harmonia”- e o tradicional “a culpa
é da imprensa” – sem responder a uma pergunta e sair, deixando Daillo com cara
de tacho, fazendo uma arenga qualquer sobre os planos de modernização da PF,
Torquato Jardim deu mostras de que perdeu o controle da situação.
A própria Folha registra que ele estava “visivelmente
nervoso” e não é para menos, inclusive porque não se sabe até onde levou
adiante as esperanças de que o laudo da Polícia Federal indicasse edições no
áudio gravado por Joesley Batista.
Não se sabe o que fez um advogado de prestígio, com uma
carreira que tem a rara comenda de ter sido ministro do TSE, aceitar assumir a
condição de, ao menos na percepção pública, entrar na condição de “ministro do
abafão”
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