Por Fernando Brito
A primeira providência de Michel Temer, assim que estourou o
escândalo da gravação do diálogo com Joesley Batista foi convocar uma reunião
de comandantes das Forças Armadas, com Raul Jungman e seu general-de-palácio,
Sérgio Etchegoyen.
Aos primeiros, certamente, dirigiu-se de maneira formal e
republicana, até porque eles são homens calejados com aqueles que, na expressão
do marechal Castello Branco, são as “vivandeiras de quartel”.
Com os dois outros,
há dúvidas.
Dado o raciocínio de padrão vermicular de Michel Temer não
se pode descartar a ideia de que se propagasse para a política aquilo que ele
já fizera com a economia: que sem ele seria o caos.
O esforço para promover argumentos que ajudassem essa ideia
é imenso.
Ao ponto de um ministro de Estado (Osmar Terra, da
Agricultura) postar uma foto de um incêndio em 2005 como se fosse de hoje.
Há muita coisa a indicar que Temer montou um “incêndio do
Reichstag” tupiniquim, atribuindo á esquerda uma vocação “subversiva”.
O elemento de desestabilização da ordem no Brasil chama-se
Michel Temer.
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