Por Wilson Ferreira
A corrida de celebridades como Luciano Huck para apagar
fotos nas redes sociais com o, agora, radioativo senador Aécio Neves, é a face
mais visível de um novo fenômeno: o surgimento uma classe média midiatizada:
jornalistas, artistas, celebridades esportivas entre outros da fauna midiática
que, por respirarem e viverem em uma bolha que os isola das ameaças do deserto
do real, começam a criar relações promíscuas e comprometedoras com personagens
empresarias e políticos que habitam no entorno do poder.
Como sintoma
“tautista” (tautologia + autismo) desses ambientes midiatizados, confundem
câmeras, teleprompter e claque de aplausos em auditório com a própria
realidade, chegando alguns a acreditar que de fato ocupam “espaço de poder”.
Casadas com políticos e empresários além de manter amizades com centros de
poder corporativos e governamentais fazem muitos jornalistas acreditar que
também pertencem à classe dominante, criando um tipo de jornalismo e
entretenimento marcado por relações promíscuas e conflitos de interesses.
Lá pelos idos de setembro de 1999, em artigo no jornal Folha
de São Paulo intitulado "Ninguém ousa namorar as deusas do sexo", o
ex-cineasta e jornalista Arnaldo Jabor qualificava o apresentador Luciano Huck
como um “fazendeiro de bundas”.
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