O Baile dos Artistas
Em tempos idos, a micareta começava na sexta-feira e só
terminava no alvorecer de quarta-feira, "você pra lá, eu pra cá...".
Na sexta a grande pedida era o Baile dos Artistas com
todo o seu brilho. Fosse no Margarida Ribeiro da Carlos Gomes, na Filarmônica
Vitória, no ginásio do Tênis a animação era a mesma. Ora a bandinha de
Miro, ora a bandinha de Lino D'Anunciação, e a gente a percorrer o salão
cantando num só voz:
- Hoje eu não quero sofrer
Hoje eu não quero chorar
Deixei a tristeza lá fora
Mandei a saudade esperar
Hoje eu não quero sofrer
Quem quiser que sofra em meu lugar...
Existia apenas um intervalo, quando acontecia a coroação da
Rainha dos Artistas e o anúncio de algumas homenagens. Na imagem do tempo,
parte alta, Ednalva Santana já está devidamente coroada pela antecessora Dilma
Ferreira, à esquerda. Na parte baixa, Oydema Ferreira homenageado, recebe o
abraço carinhoso de Cid Daltro (esquerda) e o olhar feliz do nosso inesquecível
Galdino Neto.
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