Ao criticar a Procuradoria Geral da República pelos
vazamentos da Lava Jato e falar até em anulação das delações da Odebrecht, o
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, passou a ser o nome mais
forte para se tornar presidente da República, por meio de eleição indireta,
caso Michel Temer seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral; isso porque a
eleição do novo presidente seria feita pelo Congresso Nacional, onde o discurso
de Gilmar cai com uma luva; Temer já não é mais capaz de oferecer a mercadoria
que ofereceu ao mercado financeiro – com reformas inviáveis, como a da
Previdência – nem proteção aos parlamentares, uma vez que seu governo, com nove
ministros na lista de Janot e um ministro da Justiça ligado à máfia dos fiscais
agropecuários, não tem autoridade para peitar o Ministério Público; ontem, o
relator da cassação no TSE, Herman Benjamin, deu dois dias para Temer
apresentar suas alegações finais
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