Por Fernando Brito
Viveremos hoje mais um daqueles nada raros dias em que o
Brasil sentirá vergonha de suas instituições.
A sabatina de Alexandre de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do
Senado é um destes espetáculos de hipocrisia que ficará marcado no imenso
capítulo de infâmia que se escreve, nestes tempos, na história brasileira.
Não se fala do seu saber jurídico – ainda que manualesco,
como se Direito fosse apenas um compêndio onde a realidade social e a
complexidade humana devam ser enquadrados como as vítimas do leito de Procusto
– nem da inclinação conservadora do indicado.
O que salta aos olhos é a inaptidão moral de um cidadão que
– a definição é insuspeitíssima, do Estado de S. Paulo – só as relações de
compadrio com o Presidente ilegítimo da República explicavam estar no
Ministério e explicam estar na condição de virtual Ministro do Supremo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário