Por Fernando Brito
Quando a Veja ataca alguém, pode ser simplesmente coisa de
uma revista suja.
Agora, quando a Veja faz campanha contra alguém, pode ter
certeza que há algum interesse em jogo.
Em agosto passado, a revista deu uma capa sobre uma
“delação” contra o ministro José Carlos Dias Toffoli que não tinha pé nem
cabeça, acusando-o de receber uma obra de impermeabilização de laje em sua casa
como “propina”.
Claro que os milhões de Serra e Aécio nunca foram capa, não
é?
Bem, agora em outra chamada de capa – onde aconselha Luís
Fachin a “acelerar” a Lava Jato – diz que o Ministério Publico quer afastar Toffoli do julgamento dos casos
vindos de Sérgio Moro.
Lá dentro você vê que tratam-se de duas “graves” denúncias.
A primeira é que Toffoli teria aceito o pedido de um amigo
para reexaminar uma decisão judicial, não importando à revista, claro, se as
razões eram boas e se o pedido de reconsideração foi espontâneo, não induzido.
Será que pedir para dar atenção a um processo é crime e de tal gravidade?
Não, o crime grave do qual a revista acusa o ministro é
semelhante à infiltração da laje.
É que Toffoli teria ido a festas em Brasília onde havia
pessoas suspeitas. Só há uma maneira em Brasília de não ir a festas com pessoas
suspeitas presentes: é não ir á festa alguma.
Espera-se, então, que cm tais critérios de moralidade, a
Veja peça o afastamento de Gilmar Mendes, por frequentar almoços, jantares e
até a casa, nos finais de semana, de pessoas suspeitas na Lava Jato, como
Michel temer, José Serra, Aécio neves, todos citados pelos delatores.
Há duas questões, nas duas capas da revista:
É se a Veja decide por Rodrigo Janot.
E se foi por ordens de Curitiba.
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