sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

MOREIRA NO MINISTÉRIO NÃO É NOMEAÇÃO, É CONFISSÃO

Por Fernando Brito

Poucas coisas na política brasileira foram tão deploráveis quanto a elevação de Moreira Franco à condição de Ministro em função das delações premiadas mais que suficientes para estabelecer que é ele um dos operadores de Michel Temer.

A começar da incrível diferença com que este assunto foi tratado em relação à frustrada indicação de Lula para a Casa Civil de Dilma Rousseff, que escandalizou os comentaristas da mídia e ao Supremo, que a impediu de concretizar-se.

A nomeação de Lula era claramente política: um governo em desagregação, sabotado por todos os lados, precisava de uma figura política de primeira grandeza um interlocutor de largo trânsito para salvar-se o destino que já lhe tinha sido traçado: o do impeachment.

Lula, por maior que pudesse ser sua relação com Dilma, não habitava Brasilia, não integrava o governo, não podia encaminhar acordos ou decisões.

Ao contrário, fora do Governo, tudo o que fizesse seria, automaticamente, “interferência”.


A nomeação de Moreira Franco, ao contrário, é apenas um “privilégio de foro”

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