Por Eugênio Aragão
Vamos todos fingir que é normal o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral pegar carona com um sedizente presidente da república (com
letras minúsculas mesmo) para ir a Lisboa, supostamente para participar das
cerimônias funerais do maior democrata português da contemporaneidade. É
normalíssimo, porque o tal presidente do tribunal é quem vai pautar um processo
que pode significar o fim do que se usou chamar, na mídia comercial, de
“mandato” do sedizente presidente da república. O tal presidente de tribunal é
inimigo notório da companheira de chapa do sedizente presidente que urdiu um
golpe para derrubá-la. Mas, claro, tem toda isenção do mundo para julgar
ambos.“Nada haverá de suspeito”, como diria o insuspeito jornalista Ricardo
Noblat. Quem ousaria dizer o contrário?
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