De volta a prefeitura em 1º de janeiro de 1989, o prefeito
Colbert Martins promete resolver o problema da ‘feirinha’ da Marechal Deodoro.
No dia seguinte, Antonio Santiago Maia, o ‘Amorzinho’, chefe da guarda municipal, reuniu a tropa e
foi ao local. Não anunciou a nova ordem, simplesmente mandou recolher as
mercadorias. Foi um vexame.
À tarde os feirantes ocuparam o saguão da Prefeitura. Colbert
ordenou que todos fossem acomodados no salão nobre e que iria recebê-los. Já em
cadeira de rodas, foi levado pelos motoristas Oliveira e Miguel
Aplaudido na chegada, Colbert foi logo dizendo: Falem pela ordem,
não façam zoada. Quero ouvi-los.
- “Doutor Cobé”, lembra de mim? Não faça isso com a gente,
foi o senhor quem arrancou meu primeiro dente, lembra?
Outro se identificou lembrando ter sido jogador do Mecânico
quando Colbert era o técnico, e de
braços abertos bradou: “Doutor tenho filhos para
criar e eu lhe ‘carrego’ na política desde aquele tempo”.
Colbert pede silencio e garante: longe de mim prejudicá-los,
vocês me conhecem; inicialmente vão ficar aqueles de vendem só mercadoria de
época.
Antigo feirante que fazia do quintal da casa de Chico Pinto
o depósito de suas mercadorias, Sergipe pede a palavra, “dobra” o prefeito e
arranca aplausos:
Eu sabia doutor! O senhor não iria prejudicar a gente. Todos
nós também vendemos banana e banana dá o ano inteiro...
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