Por Luis Edmundo Araujo,
editor de esporte do Cafezinho
Sob o barulho ensurdecedor da multidão em volta, que lotava
o ginásio e gritava, urrava, não parava quieta, Robson Donato Conceição, peso
leve, até 60 kg, dançava em torno do francês Sofiane Oumiha, se esquivava e
soltava o braço de novo, a segundos do fim da luta que vencia com certa folga,
e que teve contagem regressiva aos berros, de todo o ginásio: dez, nove, oito e
no fim a explosão de alegria confirmada dois, três minutos depois com o juiz
erguendo o braço do primeiro pugilista brasileiro a conquistar um ouro
olímpico.
Baiano de Salvador, Robson iniciou a “carreira” ainda
criança, arrumando briga pelas ruas até que, aos 13 anos, começou a criar algum
juízo e aceitou os conselhos da avó, a quem ajudava na feira, para ingressar
num projeto social que ensinava o boxe a crianças. Em sua terceira Olimpíada, o
pugilista eliminado na estreia em 2008 e 2012, conseguiu, ontem, levantar não
só a torcida de quase todo o ginásio como de todo o País, em qualquer lugar que
havia uma televisão ligada na hora da luta que, durante os três assaltos de
quatro minutos, transformou o boxe em paixão nacional, assim como o salto com
vara, ainda que nesse caso o comportamento da torcida brasileira tenha causado
polêmica. MAIS



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