Por Miguel do Rosário,
editor-chefe do Cafezinho
O problema da esquerda, desde seus primórdios, há milhares
de anos, quando algum bando de pobres se rebelou, numa aldeia do Egito Antigo,
contra a opressão, e conseguiu formular suas demandas de maneira minimamente
política, sempre foi a comunicação.
A razão é simples: a comunicação precisa de instrução para
ganhar substância, e instrução é um luxo dos ricos. Os pobres sempre precisaram
pegar no pesado, de manhã à noite, para obter o seu alimento e sustentar sua
família.
Até hoje é assim.
O trabalhador que gasta oito horas diárias em seu emprego, e
outras duas, três horas, no trânsito caótico de nossas cidades
terceiro-mundistas, como terá tempo para assistir séries da Netflix ou estudar
clássicos da filosofia?
A análise de hoje versará, como sempre faz, sobre
comunicação.
E já que mencionaremos Chauí, uma das maiores especialistas
do mundo em Baruch Espinoza, façamos antes uma homenagem à ela e à filosofia
iniciando nosso post com uma frase de um antigo pensador grego.
τὸ γὰρ αὐτὸ νοεῖν ἐστίν τε καὶ εἶναι
A frase é de Parmênides de Eléia, um dos principais
filósofos gregos do período pré-socrático, e que eu traduziria assim:
pois igual é o pensar e o ser
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