quinta-feira, 7 de julho de 2016

A TEORIA DE CONSPIRAÇÃO DE MARILENA CHAUÍ (À LUZ DE PARMENIDES)

Por Miguel do Rosário, 
editor-chefe do Cafezinho

O problema da esquerda, desde seus primórdios, há milhares de anos, quando algum bando de pobres se rebelou, numa aldeia do Egito Antigo, contra a opressão, e conseguiu formular suas demandas de maneira minimamente política, sempre foi a comunicação.

A razão é simples: a comunicação precisa de instrução para ganhar substância, e instrução é um luxo dos ricos. Os pobres sempre precisaram pegar no pesado, de manhã à noite, para obter o seu alimento e sustentar sua família.

Até hoje é assim.

O trabalhador que gasta oito horas diárias em seu emprego, e outras duas, três horas, no trânsito caótico de nossas cidades terceiro-mundistas, como terá tempo para assistir séries da Netflix ou estudar clássicos da filosofia?

A análise de hoje versará, como sempre faz, sobre comunicação.

E já que mencionaremos Chauí, uma das maiores especialistas do mundo em Baruch Espinoza, façamos antes uma homenagem à ela e à filosofia iniciando nosso post com uma frase de um antigo pensador grego.

τὸ γὰρ αὐτὸ νοεῖν ἐστίν τε καὶ εἶναι


A frase é de Parmênides de Eléia, um dos principais filósofos gregos do período pré-socrático, e que eu traduziria assim:


pois igual é o pensar e o ser

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