Marina Silva foi soterrada pela
hipocrisia.
Com dois anos de atraso, a tragédia
do jatinho caído em Santos comprovou, agora para o grande público, que a
história da “nova política” que serviu de mote para a aliança oportunista que
ela formou com Eduardo Campos.
O infeliz desastre – no qual sempre
se tem de lamentar a morte brutal de pessoas – acabou por deixar em escombros a
fantasia que construíam de que a ação de ambos era sempre pura, angelical,
diferente da de todos os outros.
Estão presos os empresários João Carlos Lyra Pessoa
de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira, donos do
avião acidentado que atendia o estranho casal.
Segundo a Folha, depois de quase
dois anos que a mídia, especialmente os blogs, a Polícia Federal descobriu operações suspeitas na conta de
empresas envolvidas na sua aquisição.
“Vimos que a movimentação
financeira não foi só para a compra do avião. Eles [empresas de fachadas e
laranjas, segundo as investigações] intercambiavam muito entre si. Desde 2010
as empresas tinham transações volumosas, que se intensificaram em 2014. Por
coincidência ou não, as transações caíram após o acidente”, detalhou a delegada
Andréa Albuquerque.
Num sistema eleitoral movido a
dinheiro, como o brasileiro, fingiram perante o povo brasileiro serem vestais,
com uma campanha movida a moedinhas recolhidas.
Pior, com graves suspeitas que o
avião não era apenas para os vôos de campanha, mas para incorporar-se ao
patrimônio político, através de “laranjas”.
Ainda que Marina, de início,
pudesse não saber de onde vinha o jatinho, não é possível crer que não viesse a
saber depois.
E calou-se.
E sonegou informações à Justiça
Eleitoral.
E mentiu ao povo brasileiro.
Afinal, a nova política de Marina é
igual à velha.
Ou melhor, à velhíssima, porque é
autoritária, desagregadora, falsa, rancorosa e, como se viu, cínica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário