Por Fernando Brito
Não é preciso dizer que está evidente que há, na população,
uma mistura de choque e desânimo diante do que
vai sendo revelado a seus olhos.
Durante dois anos, claro, isso serviu para alimentar o ódio
da classe média ao PT, meio que deixando de lado o que já começava a surgir em
relação a Eduardo Cunha e ao PMDB e ao PSDB, com a ajuda de uma mídia que,
sobre os dois partidos, jamais os tratava como “quadrilha” e em campanha
diária, como aos petistas.
Agora, porém, as represas de dejetos se romperam e a lama
passa, arrastando tudo, dos que enriqueciam pessoalmente aos que, simplesmente,
jogavam o jogo da política como ele passou a ser, crescentemente, no
pós-ditadura: campanhas que dependiam cada vez mais de dinheiro.
A representação parlamentar que vinha de eleições ada vez
mais caras, financiadas por empresas sobre cujo “civismo” não há o que
comentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário