Ao perder por 11 a zero na
votação de ontem do Supremo Tribunal Federal que o tornou réu pelo uso de
contas e trustes no exterior, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), ficou sem saída; isso porque, na mesma sessão, foi também negado o
recurso para que sua esposa Claudia Cruz e sua filha Danielle Dytz fossem
julgadas em Brasília, no âmbito dos seus processos; as duas estão nas mãos do
juiz Sergio Moro e o mesmo pode vir a acontecer com Cunha, caso sua cassação,
que parece inevitável, seja aprovada em plenário; já com os bens bloqueados,
Cunha tem um único caminho para atenuar suas penas: revelar os nomes dos
parlamentares e políticos que comprou para se tornar presidente da Câmara; como
sua eventual delação assusta o Planalto, o interino Michel Temer se limitou a
qualificá-lo como "batalhador político e jurídico"
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