"Da 'assembleia geral de bandidos presidida por um
bandido' não se podia esperar muita coisa. No entanto, da Casa Revisora, o
Senado, esperava-se mais equilíbrio, mais compostura e, sobretudo, mais altivez
na defesa da democracia ameaçada. Porém, o episódio deste dia 9 enterrou
quaisquer ilusões a esse respeito", afirma o colunista Marcelo Zero, em
referência à decisão do presidente Renan Calheiros de "continuar, a toque
de caixa, o rito vazio do impeachment sem crime"; "Nesse enredo
tragicômico, o Senado resolveu assumir o baixo, reles e patético papel de mero
executor de sentenças já proferidas. Vestindo o capuz negro dos carrascos, a
ele caberá a honrosa função de puxar a corda da guilhotina antidemocrática de
Cunha. Entrará para a História como mero verdugo a mando de um dos maiores
corruptos da história do país", completa.
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