Luis Nassif
Há duas tendências se firmando na economia.
A primeira, a constatação do refluxo das tentativas de
impeachment.
O grande trunfo de Dilma Rousseff é uma oposição
extraordinariamente medíocre, que se move disputando espaço nas manchetes da
mídia.
***
De repente, há espaço para a radicalização, e lá se vão os
Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, José Serra, Carlos Sampaio, Mendonça
Filho com a disposição dos jovens carbonários, disputando quem range mais os
dentes. Aí Marina Silva percebe que o contraponto é acenar com o bom senso. E
acena.
De repente, o impeachment reflui. Toca então esse brilho
fugaz de nome Carlos Sampaio a entrar com o pedido de extinção do PT. Só isso!
E FHC é ouvido para contrapor que a vitória deve ser nas urnas, não no tapetão.
E a multidão de áulicos olha reverencialmente para esse conselheiro Acácio dos
tempos modernos.
Aí Marina se dá conta de que poucos continuam falando do
impeachment. Então o contraponto para ganhar manchetes é radicalizar novamente.
E tome Marina, Cristóvão, Marta.
***
É inacreditável como o mundo politico e jornalístico
despregou-se totalmente do mundo real. Parecem vaqueiros bêbados e armados em
saloons do Velho Oeste, atirando em qualquer sombra que passe pela porta. É tão
grande o vácuo de ideias, que a institucionalidade se rege, agora, pelas
manchetes de jornais. E as alianças se consolidam pelo recurso à lisonja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário