Por Fernando Brito
Janio de Freitas, em sua coluna de hoje na Folha, é rara
exceção no coro de conformismo com o “direito” do Dr. Sérgio Moro conduza os
casos da Lava Jato de forma atrabiliária e atropelando a higidez das provas,
diante de uma evidente e inexplicável omissão em depoimento de delato, no caso
Paulo Roberto Costa, contra réu, Marcelo Odebrecht.
Não há, no Brasil, jornalista com mais tradição e história
no combate a abusos ou corrupção de empreiteiros. Foi dele, nos anos 80, a
aplicação do “truque” de publicar, em anúncios classificados de jornal,
resultados de concorrências “acertadas”, como forma de provar a sua
desonestidade.
Quando chegamos ao ponto de um jornalista ter de dar aulas
de prudência, ponderação e cuidado a um juiz, está evidente que há uma completa
distorção do papel da Justiça, que passa a um ringue de “vale-tudo”, onde a
regra única é satisfazer a sede de sangue da doentia plateia deste tipo de
espetáculo.
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