Por Luis Nassif
Tempos atrás encontrei um alto quadro do governo
Alckmin em um evento em Santos. Nele, teceu críticas a José Serra. No almoço,
voltamos a conversar sobre Serra, ele sempre muito crítico. Na despedida,
pediu: "Pelo amor de Deus, não coloque nada disso no Blog, senão Serra vai
me retaliar através dos jornais".
O mesmo me disse um alter ego de Aécio Neves durante
a campanha de 2014. Serra não desperta nem respeito nem paixão política, mas
ódio e medo.
Para um governo que se pretenderia de conciliação, o
que Serra tem a oferecer é a capacidade de montar dossiês e obter respaldo dos
jornais para qualquer denúncia. Sua tentativa de liquidar com a imagem do
Gabriel Chalita está aí para quem quiser conferir.
Hoje, na Folha
(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1715763-farei-o-possivel-para-ajudar-um-eventual-governo-temer-diz-serra.shtml)
, a maneira como Serra se oferece a Michel Temer lembra a impetuosidade de um
adolescente que se diz apaixonado para levar o dote da noiva. Dirige-se ao
coordenador do partido que mais praticou a barganha política, no apoio a Lula,
a Dilma e a quem mais for, para prever, com Temer, uma nova era sem barganhas. E graças aos seus
dois grandes articuladores políticos, Eliseu Padilha e Moreira Franco, que se
consagraram no parlamento justamente pela capacidade de atender às barganhas.
Faz parte da hipocrisia comum ao jogo político, mas
há limites para tudo.
No que interessa, o que Serra teria a oferecer?
Nenhum comentário:
Postar um comentário