segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

PORQUE NÃO SE DEVE LEVAR SERRA A SÉRIO

Por Luis Nassif

Tempos atrás encontrei um alto quadro do governo Alckmin em um evento em Santos. Nele, teceu críticas a José Serra. No almoço, voltamos a conversar sobre Serra, ele sempre muito crítico. Na despedida, pediu: "Pelo amor de Deus, não coloque nada disso no Blog, senão Serra vai me retaliar através dos jornais".

O mesmo me disse um alter ego de Aécio Neves durante a campanha de 2014. Serra não desperta nem respeito nem paixão política, mas ódio e medo.

Para um governo que se pretenderia de conciliação, o que Serra tem a oferecer é a capacidade de montar dossiês e obter respaldo dos jornais para qualquer denúncia. Sua tentativa de liquidar com a imagem do Gabriel Chalita está aí para quem quiser conferir.

Hoje, na Folha (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1715763-farei-o-possivel-para-ajudar-um-eventual-governo-temer-diz-serra.shtml) , a maneira como Serra se oferece a Michel Temer lembra a impetuosidade de um adolescente que se diz apaixonado para levar o dote da noiva. Dirige-se ao coordenador do partido que mais praticou a barganha política, no apoio a Lula, a Dilma e a quem mais for, para prever, com Temer,  uma nova era sem barganhas. E graças aos seus dois grandes articuladores políticos, Eliseu Padilha e Moreira Franco, que se consagraram no parlamento justamente pela capacidade de atender às barganhas.

Faz parte da hipocrisia comum ao jogo político, mas há limites para tudo.

No que interessa, o que Serra teria a oferecer?


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