Enviado por Weden
Com o improvável golpe ou daqui a
três anos, o cenário é o mesmo. É fácil antecipar as medidas tomadas por um
governo de direita, neoliberal sem resistências, e extremamente conservador
como se corporifica no espectro político brasileiro.
1. Fim das garantias trabalhistas
(assinatura em carteira, FGTS, 13o salário, etc), como previsto na lei da
terceirização selvagem que tramita no Congresso. O que resultará em demissão em
massa para recontratação dos trabalhadores como "pessoa jurídica".
2. Revisão dos ajustes do salario
mínimo para baixo, visto que parte do mercado acredita que esta medida vem
levando à deterioração dos lucros.
3. Reforma brutal na Previdência
Social, uma mantra repetido diariamente por jornais e pelo mercado financeiro,
que se sente prejudicado pela cobertura da PS no teto até R$ 4.200. Todos os
grandes bancos têm forte interesse na debilitação deste setor.
4. Emendas constitucionais para
redução de investimento obrigatório na saúde (isto consta no tal documento
preparado por financistas intitulado "Ponte para o futuro" do PMDB e
visto com simpatia por partidos de oposição). O que levaria ao fim do SUS como
concebido constitucionalmente.
5. Da mesma forma, emendas
constitucionais para redução de investimento na educação. Entrega paulatina das
escolas públicas à iniciativa privada (como acontece nos governos tucanos em
Goiás, São Paulo, etc). Sucateamento, como política de estado, das
universidades públicas.
6.Redução drástica de programas
sociais (estes programas são vistos como negativos para uma expressiva classe e
mídias conservadoras, fiéis aos partidos de direita, base de sua sustentação)
7. Reforma na Polícia Federal e no
Ministério Público, como forma de evitar tanta liberdade de funcionamento.
(basta ver o que acontecia no governo FHC e o que acontece, por exemplo, na
escolha de procuradores estaduais sob os governos tucanos). (E, o que não tem a
ver com governos, mas com atitudes da grande imprensa: silenciamento total ante
qualquer denúncia que possa prejudicar a imagem do governo de direita de
plantão)
8. Revisão do marco regulatório da
internet, com o fim da neutralidade. É bom lembrar que havia projeto de lei de
autoria de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) neste sentido.
9. Redução paulatina da
participação dos bancos públicos na economia, até a sua insignificância.
10. Criminalização intensa dos
movimentos sociais. Liberalização do porte de armas, como paliativo para o
aumento das tensões sociais.
11. Entrega do Pré-Sal às
petroleiras estrangeiras.
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