Por Fernando Brito
Depois de bradar que “o país não aguenta mais um dia do
desgoverno Dilma Roussef
f”, depois de exigir, aos berros, que o Congresso não
entrasse em recesso, agora, o PSDB, agora, que deixar a discussão do
impeachment fique para fevereiro, no final do recesso parlamentar. Claro,
depois do Carnaval, que vai até o dia 10…
Não, não é piada, não, está na Folha, com todas as letras.
O motivo?
Simples, sabem que não têm votos para alcançar os dois
terços da Câmara necessários para a abertura do processo e nem mesmo sabem se
terão maioria na Comissão Especial que teria de aprovar a indicação para o voto
do plenário ou, simplesmente, arquivar o pedido.
Contam, portanto, em manter o país por mais quase três meses
em agonia, o governo em situação instável e jogar numa degradação maior da
situação econômica.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) chega ao
cúmulo de dizer que “a população não vai se mobilizar no Natal, no Ano Novo,
nas férias escolares, que emenda com o Carnaval” e que “até é bom” para Dilma a
demora, porque “terá um fôlego para governar”.
É muita desfaçatez. Os que não deixaram Dilma respirar desde
o dia das eleições, há mais de um ano, agora querem, que bonzinhos, deixar “ela governar” com o mandato debaixo da
espada do impeachment…
Enquanto isso, quem sabe, a turma tucana pega umas
comprinhas de Natal em Miami ou Nova York.
É o primeiro caso na história de golpismo com férias de
verão!
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