Feira ontem, 1975
São passados 40 anos, ou quatro décadas, como queiram.
Rubem Carvalho (foto 1) era o candidato oficial do majoritário MDB e do próprio governo emedebista dirigido por José Falcão, para a presidência da câmara municipal.
Ninguém tinha dúvidas de sua vitória para substituir Antonio Carlos Coelho, presidente em fim de mandato e também emedebista.
No dia da votação a filarmônica da Euterpe Feirense, que era presidida por Rubem, foi quem primeiro chegou. Ficou na entrada da câmara que funcionava no prédio do antigo INPS aguardando o resultado para comandar a festa, tocando pelas ruas da cidade, encerrando na porta do vencedor, como faziam nossas filarmônicas em tempos idos.
O saudoso Caixinha (quem se lembra?) era o mais otimista.
Enquanto isso, às escondidas, o "matreiro" vereador Otaviano Campos, também do MDB, pediu os votos dos arenistas, dando em troca a presidência e primeira secretaria da mesa diretora.
Abertas a urnas onde estavam os votos dos quinze vereadores, Otaviano foi eleito presidente com seu votos e mais os sete da Arena.
Rubem perdeu a eleição exatamente porque faltou o voto de Otaviano.
O Jornal Feira Hoje circulou com a seguinte manchete na capa:
"Arena ganhou para o MDB vencer. Quem é o traidor?"
Em tempo - A eleição aconteceu na terça-feira primeiro de abril e não foi de mentirinha
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