sábado, 7 de novembro de 2015

VINTE E UM ANOS SEM COLBERT

Túnel do tempo, 1994

Já são passados vinte e um anos que Colbert Martins deixou o nosso convívio. 
Na segunda-feira, 7 de novembro de 1994, pouco antes do meio dia, primeiro na TV Subaé e em seguida pelas emissoras de rádio, a triste notícia do seu falecimento. 
No dia seguinte o jornal Feira Hoje retratou na manchete o que acontecia na cidade: 
- “Feira chora a morte de Colbert”.
Na Prefeitura e na Assembléia Colbert nunca admitiu as pessoas fazendo fila na entrada do seu gabinete. 
As portas estavam sempre abertas e às vezes conversava com todos ao mesmo tempo. 
Mas no entardecer daquela segunda-feira, 7, ele não pode evitar as pessoas fazendo filas quilométricas para o último adeus ao “prefeito da gente”.
Colbert disputou sete eleições e venceu todas. 
Foi eleito vereador três vezes, deputado duas vezes e prefeito também em duas oportunidades. 
Sua ultima disputa eleitoral foi em 1988 quando retornou a Prefeitura.
Naquele ano a campanha passou a contar com o horário eleitoral gratuito também na televisão, graças a inauguração na TV Subaé. 
Ao longo dela, na telinha e  principalmente no contato direto com o povo, de improviso  e já em cadeira de rodas,  mensagens sinceras do inesquecível Colbert. Eis algumas:

- “Eu jamais falharei ao povo humilde de minha terra”.

- “Eu quero dizer a vocês e a toda sociedade de Feira e do Brasil: há um ser limitado que passa os seus momentos,  sem as suas pernas, um amor sem limite para a criança que vai crescer e vai ter igualdade com toda a sociedade brasileira”.

- “E me perguntaram aonde é que está a força, decisão, coragem, raça? Onde é que está a disposição de Colbert Martins?"

- "Aqui na sua frente, na sua cara, nos seus olhos, nas suas vontades. Aí é que está  a minha força."

- "Nem sequer estou olhando pra cadeira de rodas, nem estou ligando para isto”.

- “Neste instante em que a gente sente que essa mocidade demonstra a sua rebeldia, porque nós entendemos que mocidade  sem rebeldia é velhice precoce, eu quero, mocidade, a sua rebeldia! 

- Eu preciso do seu calor, eu preciso da sua emoção, dessa mocidade que não tem limites. Não há limites pra juventude”.

- ‘É como se diz: essa campanha é caso de amor entre mim e Feira de Santana”.

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