Não sei se o pecuarista Jé Carlos Bumlai fez ou não
falcatruas, é obvio.
Mas qualquer um vê que a sua prisão segue um roteiro
político claro.
O caminho até Lula.
É a obsessão do Dr. Sérgio Moro de ser a versão brasileira
do “Mano Puliti”, o Mãos Limpas italiano, que aliás pariu o honestíssimo Sílvio
Berlusconi.
Ontem, como um Diógenes togado, se disse um solitário na
luta contra a corrupção, enquanto confraternizava com as vestais da Veja e da
Época, numa reunião da Associação de Revistas.
As “fases” da Operação se sucedem e se repetem o “prende até
ele confessar”.
Já são 48 “delatores premiados”, que pegam um “caquinho” de
pena e a vida segue…
Como escreveu semana passada o Nassif, “o delator sabe o que
os procuradores querem: Lula. E esse desejo expresso, público, notório dos
procuradores é a condição para a aceitação da delação do delator. Então, se é
isso que eles querem….”
Mas the show must go on, e vem a “12132ª” fase da operação,
agora para prender um sujeito que se arvora em “amigo do Lula”.
E, de novo, o Nassif cantou a pedra e esgotou o que se tem a
dizer:
A Lava Jato esgotou seu potencial midiático. Não ganha mais
as manchetes principais, e quando ganha é por mera solidariedade partidária dos
jornais. Mas não desperta mais o interesse do leitor porque tornou-se uma
repetição menor dos procedimentos inciais: anuncia-se uma nova etapa, prende-se
a arraia miúda (porque a graúda já foi presa), vaza-se uma delação do delator
que ouviu dizer que fulano ouviu dizer que beltrano ouviu dizer que Lula sabia
de tudo.
E vamos lá, no roteiro do que o Nassif chama de “o Santo
Graal”: a prisão de Lula, que virou o impeachment que não conseguiram fazer.
Triste país.
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