Por Fernando Brito
Mestre Mauro Santayana, com a percepção serena que o tempo
traz, produziu uma linda crônica sobre o papel que desempenha, hoje, o Papa
Francisco.
Nela, esculpe um resumo incrivelmente preciso e simples das
inesperadas armas com que busca a paz.
“Francisco, que une no lugar de dividir, que ri, em vez
de fazer cara feia, que prega a paz e a
solidariedade no lugar do ódio, da vingança e da cobiça, é um farol a iluminar
o que resta de sensatez na espécie humana”.
Bravo, Santayanna, porque isso é a tradução do que
precisamos daqueles que se movem com a força da religião e que eu, um renitente
ateu, amo nas bem-aventuranças de Mateus (5, 3-12).
Mais ainda porque Francisco o faz com a cabeça no versículo
17: “Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir,
mas sim para levá-los à perfeição.”.
Há muita gente que se ocupa, tolamente, em rotular o Papa.
Uns, porque não lhe perdoam a fé, outros porque não lhe perdoam a humanidade.
No entanto, ele segue desconcertando a todos com algo que
poucos homens chegam onde chegou e conservam: a simplicidade.
Porque afinal, o que será mais simples que proclamar que
devem ser mais iguais aqueles que nasceram iguais?
Reproduzo um trecho do magnífico texto de Santayanna no
Jornal do Brasil.
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