Por Fernando Brito
A mistificação do noticiário é fantástica.
Dizem as manchetes da noite que “Janot é favorável à
convocação de Lula como testemunha” em uma das investigações da Lava Jato.
Sobre o que era o parecer de Rodrigo Janot?
O juiz Márcio Schiefler Fontes, auxiliar do o ministro Teori
Zavascki nos processos da Lava-Jato, solicitou ao Ele ao Ministério Público Federal que se manifestasse “sobre a possibilidade de
o ex-presidente passar a ser investigado em um dos inquéritos que tramitam no
STF”.
Janot negou essa possibilidade.
É cristalina a negativa quando ele diz que “quanto aos novos
nomes indicados pela autoridade policial (o de Lula entre eles) , não há nada
de objetivo até o presente momento que justifique uma ampliação, perante o
Supremo Tribunal Federal, do escopo das pessoas investigadas”. Objetivamente,
ele nega o pedido
A afirmação de que “isso não impede, entretanto, que as
pessoas mencionadas pela Polícia Federal sejam ouvidas no presente inquérito,
por ora, como testemunhas” é, como dizem os advogados, “lana caprina”, algo sem
valor real.
Por que?
Porque a autoridade policial (ou judicial) não tem de pedir
licença a ninguém para ouvir alguém que não detenha foro privilegiado (e
ex-presidente não detém) como testemunha
num inquérito, pelo simples entender que ela pode saber de fatos que interessem
à investigação. MAIS
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