Depois de mais de um
ano de burocracia, Cibely Christina Batista Ferreira, 30, conseguiu tirar uma
nova carteira de identidade. Não se trata apenas de uma segunda via, mas de uma
atualização com novo nome e gênero. "Agora sou uma mulher de
verdade", disse Cibely, ao retirar o novo documento no Poupatempo Sé, em
São Paulo.
Desde a infância, vivida em Barro, município do Ceará,
Cibely se sentia mulher. Ela não revela o nome antigo "nem morta".
"É um passado que prefiro esquecer, pois sofri muito sem poder ser eu
mesma, enfrentando situações de imenso constrangimento."
Após assumir a nova identidade, na idade adulta, continuou a
enfrentar preconceito quando precisava mostrar o RG com o nome masculino. Com a
ajuda de advogados voluntários do Centro de Referência Trans, da Secretaria de
Saúde de São Paulo, Cibely trilhou um longo caminho até conseguir um documento
com a identidade que sempre sonhou.
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