Por
Fernando Brito
É
mesmo indispensável o ensino de inglês nas escolas brasileiras.
Só
assim o pessoa pode ler matérias que não saem (ou saem escondidinhas, lá no
“pé” das reportagens”) como esta da Reuters:
“Lavador
de dinheiro brasileiro testemunha que ex-candidato presidencial pegou propina”.
O
fato não ocorreu por lá, não. Foi aqui, em Brasília, em pleno Congresso, dentro
de uma CPI, diante de dezenas de jornalistas brasileiros.
Parece
que estamos voltando aos tempos de “Tanga”, a ilha imaginada pelo Henfil, onde
um ditador acaba com a imprensa e recebe um único exemplar do The New York
Times, para ele a verdade absoluta.
O
pior é que as manchetes são que Eduardo Cunha diz que vai aparecer um delator
“premiado” falando de Renan Calheiros, mas um superdelator premiadíssimo, pai
de todo o dedurismo, diz que “Aécio Neves took bribes” mal dá um rodapé.
Estamos
pior que a Tanga do Henfil, corrijo-me, porque não foi preciso um ditador para
acabar com a imprensa.
Ela
se matou.
E
não foi de vergonha.
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