sexta-feira, 7 de agosto de 2015

PANELA, PANELAÇOS E O SENTIMENTO DE SER UM POVO

Por  Fernando Brito
A foto aí de cima, da Reuters, mostra a comemoração, na praia de Copacabana, da conquista da realização das Olimpíadas no Rio, uma festa como a que aconteceu ,em 2007, com a escolha do nosso país como sede da Copa do Mundo.
Será que éramos mais ricos e, por isso, mais felizes ?
O salário mínimo era de 380 reais, ou 190 dólares à cotação de então. Menos do que é hoje, mesmo com a disparada do dólar nos últimos dias: mesmo com a moeda americana a R$ 3,50, os R$ 788 são 225 dólares. Sem os efeitos da onda de especulação deste agosto, ao valor médio de julho, são 245 dólares.
Esqueça o 7 a 1, o apagão futebolístico daquele Mineirão fatídico e pense no que mudou para pior entre nós.
O que levou estas pessoas felizes da classe média de 2007 a, em 2013, gritarem “não vai ter Copa” e a bater panelas como fez ontem nos bairros mais ricos?

Porque na periferia, onde a crise não deixa as panelas vazias – ao menos, ainda não – não se bateu panelas, como registrou reportagemda Folha.

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