Por Fernando Brito
A Folha publicou na internet um texto que estará na edição
de amanhã de seu caderno de cultura, o Ilustríssima.
É aterrado o que ele revela, não porque não tenha existido
sempre personagens assim, mas porque eles passaram a ter relevância na vida
social.
Viviam em tocas, perdidos em seus próprios desvarios; agora,
tornaram-se ativos, aglutinam-se em movimentos que se arvoram a adonar-se das
ruas, agridem, ofendem.
Dão forma política aos pit-bulls descerebrados, babujando o
mesmo ódio com direito a teorizar justificativas históricas e “sociológicas”.
A direita conservadora cultivou-os, por seu papel deletério,
intolerante, sempre útil para provocar registros da rejeição à esquerda e aos
rótulos doentios que nela pespegam, como o tal “lulopetismo” ou o
“bolivarianismo”, entidades maléficas que estariam prontas a destruir a
família, a tradição e a propriedade.
Militaristas, fascistóides,
brutais.
Os antípodas dos blacblocs, que, curiosamente, levam à mesma
estupidez intolerante.
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