Por Fernando Brito
Em 2001, o sertão nordestino vivia uma seca semelhante à
deste ano.
Em 2001, o Brasil tinha na Presidência um sociólogo que
montara em jegue e usara chapéu de couro para se mostrar “nordestino” como
milhares de nós, ou de nossos antepassados (os meus, de Alagoas).
Em 2001, Aécio Neves era Presidente da Câmara dos Deputados.
Em 2001, não havia Lava Jato, Sergio Moro, Joaquim Barbosa e
o Ministério Público, ao que se tenha notícia, não tomara nenhuma providência
contra os negócios da privatização feitos “no limite da irresponsabilidade”.
Em 2001, não se pedia impeachment, não davam importância a
“pedaladas fiscais” e não era pecado estourar a meta de inflação: bastava uma carta se desculpando ao FMI.
Em 2001, morria uma criança a cada cinco minutos no Brasil.
De fome.
Bons tempos aqueles, não é?
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