sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CADASTRO NACIONAL DE MÉDICOS ESPECIALISTAS: POR QUE NÃO?

Por Caetano Scannavino

Afinal, quantos oftalmologistas têm no Brasil? Onde? Pelo disparate entre uma fonte de dados e outra, fica difícil estimar, impossível planejar.
Eis aí apenas um exemplo da necessidade de se montar uma base da dados confiável, integrada, para orientar políticas que incentivem uma melhor distribuição e oferta de médicos especialistas entre as regiões (como morador no interior do Pará, sabemos o sufoco que é a falta de determinadas especialidades).

Essa é a proposta do Governo, via Ministerio da Saúde (também com o MEC), mas encontra forte resistência no lado corporativo das entidades médicas e em parte da oposição, como quando o deputado-doutor Ronaldo Caiado chamou a iniciativa do cadastro de "cubanização da saúde".

Esquece que países como Inglaterra, França, Alemanha, Canadá, Holanda, Austrália, etc... adotam a mesma lógica para planejar os recursos humanos da saúde em função das necessidades da população, como bem lembra Claudia Collucci em artigo recente na Folha.

O assunto é muito sério e urgente para se afundar nessa histeria política por que passa o país. Que o Governo esteja mais aberto para conversar, ouvir, absorver o que for de bom para aperfeiçoar o projeto. Que as entidades e congressistas ajam de forma mais responsável e propositiva, que leve em conta os aspectos da profissionalização, mas atenda antes de tudo a população. AQUI

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