Por Caetano Scannavino
Afinal, quantos oftalmologistas têm no Brasil? Onde? Pelo disparate
entre uma fonte de dados e outra, fica difícil estimar, impossível planejar.
Eis aí apenas um exemplo da necessidade de se montar uma
base da dados confiável, integrada, para orientar políticas que incentivem uma
melhor distribuição e oferta de médicos especialistas entre as regiões (como
morador no interior do Pará, sabemos o sufoco que é a falta de determinadas
especialidades).
Essa é a proposta do Governo, via Ministerio da Saúde
(também com o MEC), mas encontra forte resistência no lado corporativo das
entidades médicas e em parte da oposição, como quando o deputado-doutor Ronaldo
Caiado chamou a iniciativa do cadastro de "cubanização da saúde".
Esquece que países como Inglaterra, França, Alemanha,
Canadá, Holanda, Austrália, etc... adotam a mesma lógica para planejar os
recursos humanos da saúde em função das necessidades da população, como bem
lembra Claudia Collucci em artigo recente na Folha.
O assunto é muito sério e urgente para se afundar nessa
histeria política por que passa o país. Que o Governo esteja mais aberto para
conversar, ouvir, absorver o que for de bom para aperfeiçoar o projeto. Que as
entidades e congressistas ajam de forma mais responsável e propositiva, que
leve em conta os aspectos da profissionalização, mas atenda antes de tudo a
população. AQUI
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