Ontem, na posse
da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC paulista, o ex-presidente
Lula falou pouco, mas falou grosso.
Disse que está
“de saco cheio” do que estão fazendo em matéria
“de perseguição e criminalização que fazem às esquerdas desse país” e
comparou o noticiário de televisão ao que se fez na Alemanha, antes da 2a.
Guerra: “parece os nazistas criminalizando o povo judeu”.
Lula atribuiu
este comportamento à reação de “pessoas que se diziam democráticas e que não aceitaram
até agora o resultado da eleição”. “Sei que é difícil para parte da elite
brasileira aceitar certas coisas”, disse, porque “tudo que é conquista social
incomoda uma elite perversa”.
-Eles não
conseguem suportar o fato de que, em 12 anos, um presidente que tem apenas o
diploma primário colocou mais estudantes na universidades do que eles colocaram
em um século. Que esse presidente colocou três vezes e meia mais estudantes em
escolas técnicas do que eles em 100 anos. Que levou energia elétrica de graça
para 15 milhões de pessoas. Que não deixou eles privatizarem o Banco do Brasil,
a Caixa e os bancos do Espírito Santo, de Santa Catarina e do Piauí. Que nos
últimos 12 anos nós bancarizamos 70 milhões de pessoas, gente que entrou numa
agência bancária pela primeira vez sem ser para pagar uma conta. Acho que isso
explica o ódio e a mentira dessas pessoas.”
O ex-presidente
reconheceu as dificuldades, mas se disse seguro de uma reversão da situação:
“somos um país grande, com uma enorme capacidade de recuperação e um mercado
interno de 204 milhões de consumidores. Quem apostar no fracasso deste país vai
quebrar a cara”.
Pois é, Lula,
foi assim na crise de 2008, quando o Governo aceitou o enfrentamento do
“tsunami” com coragem. Será assim se enfrentarmos ondas menores com o mesmo
discurso do inimigo?
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