Por Miguel do Rosário
Olha que bonitinho. A Globo
blindando Cunha e Renan.
Os presidentes da Câmara e Senado,
Eduardo Cunha e Renan Calheiros, pagaram um mico federal na semana que passou,
ao tentarem emplacar um projeto que, segundo vendeu a imprensa, tiraria poder
do Executivo de nomear dirigentes das estatais.
Desde o início, o projeto era uma
palhaçada. Até mesmo porque todos os corruptos pegos na direção de estatais
foram indicados por lideranças do congresso.
Mas a imprensa, no afã de jogar o
Legislativo contra o Executivo e tensionar o ambiente político, vendeu a coisa
como mais uma derrota de Dilma.
A própria realidade política
tratou de enterrar o projeto.
Ele é inconstitucional, incoerente
e hipócrita. E meio que se enterrou por si só, de tão absurdo. Nem a oposição
engoliu: afinal, a oposição quer ser governo um dia e vai querer o direito de
indicar os nomes das estatais.
E agora a Globo, para quem Cunha e
Renan são os novos herois nacionais (ao menos enquanto esses se portam como
oposição ao governo; a partir do momento em que os dois sinalizarem
positivamente ao governo, voltam a ser vilões), procura “suavizar” o vexame
mastodôntico dos dois.
Reproduzo abaixo para registro
histórico, porque revela os instrumentos semióticos da mídia para pintar uma
derrota como “recuo”. LEIA
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